Para começar, essa pergunta parece simples à primeira vista; porém, esconde um universo complexo no vasto campo da inteligência artificial. Ou seja, o que significa IA generativa?

Aliás, o crescimento desta inteligência artificial é fruto de uma evolução contínua, trabalho de especialistas e pesquisadores ao longo de muitos anos.

No entanto, apenas em meados dos anos 2020, a inteligência artificial generativa explodiu na mídia e alcançou o grande público.

Através de um “chatbot”, o ChatGPT, um software capaz de sustentar conversas humanas, escrever textos criativos, responder perguntas técnicas e até auxiliar em tarefas acadêmicas e profissionais.

Deste modo, o impacto foi imediato, pois milhões de usuários se cadastraram no site oficial, porém, ainda não se falava na palavra “generativa“, ainda era de uso restrito.

Por isso, casos de uso e discussões sobre “inteligência artificial”, o termo genérico, passaram a ganhar espaço em escala global, ocupando desde salas de aula, mídias e pautas governamentais.

E agora? Vamos entender o que significa a IA generativa e muito mais neste artigo.

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O que significa IA generativa?

Então, a IA generativa é uma ramificação da IA capaz de aprender a partir de um conjunto de dados, e com base nesse aprendizado, criar novos conteúdos.

Assim, esses conteúdos refletem as características do material de origem, sem, no entanto, reproduzi-lo de forma exata.

Em vez de limitar-se a copiar ou reorganizar exemplos pré-existentes, ela utiliza algoritmos estatísticos avançados para “imaginar” variações originais, e produzir resultados inéditos em grande escala.

No coração dessa tecnologia estão os chamados modelos de base, treinados com enormes volumes de dados não rotulados, por exemplo:

  • Textos retirados de livros e da internet;
  • Imagens;
  • Gravações sonoras (áudios);
  • Sequências de vídeos;
  • Operações matemáticas complexas;

Assim, a IA generativa aprende, e, após essa fase geral de treinamento, esses modelos podem passar por um refinamento adicional.

Logo, ela usa algoritmos avançados para analisar conjuntos de dados e imitar estilos ou estruturas, produzindo conteúdos que parecem naturais e originais.

Portanto, ao contrário de outras aplicações tradicionais de IA, que se concentram em identificar padrões para tomar decisões ou fazer previsões.

É uma tecnologia recente?

Apesar do surgimento de muitas ferramentas, a tecnologia que fundamenta a inteligência artificial generativa já existe há algum tempo, fruto de um progresso contínuo.

A propósito, os modelos de aprendizado profundo utilizados atualmente se baseiam em pesquisas iniciadas há muitos anos.

Qual é o ponto? A virada foi a convergência de três elementos fundamentais, pois transformaram o cenário da inteligência artificial:

  • Aumento do poder computacional e processamento em nuvem;
  • A ampla oferta de dados em grande escala, incluindo textos, imagens e códigos acessíveis online;
  • Adoção de arquiteturas poderosas, como os “transformers’, pois treinam modelos com bilhões de parâmetros e generalizam bem para tarefas diversas;

Em resumo, a inteligência artificial generativa inaugura uma nova fase na evolução da IA, além de sua função analítica. Ela também se destaca como uma tecnologia capaz de criar, de forma autônoma, textos, imagens, sons e até códigos-fonte.

Mais do que um modismo, ela estabelece um novo paradigma para o uso da tecnologia, isto é, na resolução de problemas, na criatividade e na automação inteligente.

Portanto, a IA generativa consegue produzir resultados inéditos e inclui desde obras artísticas até projetos inovadores de produtos.

A Revolução Criativa da IA Generativa

Na prática, essa tecnologia permite que as máquinas desenvolvam conteúdos bastante próximos da criatividade humana, abrindo um amplo leque de possibilidades para setores como:

  • Arte e design: geração automática de ilustrações, fotografias, logotipos e outras criações visuais;
  • Música: composição de melodias e harmonias originais;
  • No campo audiovisual, facilita a criação de roteiros, a realização de tarefas de edição e até mesmo a produção automatizada de vídeos completos;
  • Criação e inovação em soluções: elaboração rápida de protótipos e sugestões para novos projetos;

Dessa forma, a IA generativa pode acelerar processos criativos e produtivos em diversas áreas.

Além disso, ela tem o potencial de aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e até mesmo estimular a inovação por meio de experimentações rápidas e em grande escala.

No entanto, a sua implementação exige uma infraestrutura tecnológica robusta, com computadores de alto padrão e acesso a grandes bases de dados para o treinamento dos modelos.

A operação também exige uma equipe qualificada para supervisionar, ajustar e validar os resultados gerados, garantindo qualidade e adequação ao contexto de aplicação.

Qual a diferença entre IA e IA generativa?

Então, você agora entendeu o que significa a IA generativa; porém, o que a diferencia da inteligência artificial tradicional?

Propósito e essência:

  • IA tradicional: é desenvolvida para resolver problemas específicos com base em regras bem definidas, pois executa tarefas previamente programadas com alto grau de precisão.
  • IA generativa vai além da execução. Seu papel central é criar conteúdos originais com base no aprendizado de grandes volumes de dados, o que o torna bastante útil em contextos criativos ou abertos.

Lógica de funcionamento:

  • IA tradicional: opera de forma determinística, ou seja, o mesmo conjunto de entradas sempre resultará no mesmo resultado. É previsível e controlável.
  • IA generativa: funciona com base em modelos probabilísticos, logo produz resultados diferentes a cada execução, mesmo com entradas semelhantes. Isso favorece a diversidade e a criatividade.

Tipo de aprendizado utilizado:

  • IA tradicional: costuma aprender por meio de dados rotulados manualmente, ou seja, os algoritmos analisam exemplos já classificados por humanos, reconhecem padrões e executam tarefas específicas com base nesse aprendizado supervisionado.
  • IA generativa: utiliza, em geral, aprendizado não supervisionado ou variantes do autoaprendizado, pois os algoritmos aprendem a reconhecer padrões e estruturas por si mesmos, sem depender de comandos diretos ou instruções humanas detalhadas.

Capacidade criativa:

  • IA tradicional: reproduz padrões já aprendidos para tomar decisões, sem criar, pois apenas replica ou reconhece.
  • IA generativa: constrói novas representações de dados. Gera texto, imagem, música, código e até moléculas inéditas com base no que aprendeu.

Aplicações práticas:

  • IA tradicional: é bastante usada em áreas como detecção de fraudes, análise de crédito, controle industrial, automação empresarial e suporte médico baseado em dados.
  • IA generativa: conquistando espaço em áreas que demandam criatividade e personalização, como na criação de arte digital, simulação de cenários científicos complexos e na geração de conteúdos sob medida para diferentes públicos e finalidades.

Grau de adaptação:

  • A IA tradicional funciona muito bem em ambientes estruturados e estáveis. Seu desempenho pode diminuir em situações inesperadas ou ambíguas.
  • A IA generativa lida melhor com incertezas e contextos abertos, justamente por ser projetada para improvisar, compor e se adaptar às novas situações.

Transparência:

  • IA tradicional: em muitos casos, seus modelos são mais fáceis de compreender, especialmente, baseados em regras ou algoritmos simples.
  • IA generativa: Pode ser mais opaca em relação às redes neurais profundas, pois exige ferramentas específicas para interpretar o que foi aprendido e como as decisões foram tomadas.
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Antes da explosão da IA generativa, o termo “inteligência artificial” era bastante associado a modelos de aprendizado de máquina voltados para previsões.

Nesses casos, a IA era usada para analisar grandes volumes de dados e prever resultados futuros com base em padrões identificados.

Por exemplo, é possível treinar um algoritmo com milhões de exames de imagem; assim, ele aprende a identificar padrões e consegue indicar se um raio-X revela a presença de anomalias.

Por outro lado, usá-la em casos que seja necessário avaliar a probabilidade de um cliente deixar de pagar um empréstimo.

Já a IA generativa segue uma lógica diferente, pois, em vez de prever algo com base em dados existentes, ela é treinada para criar novos dados.

Em outras palavras, aprende os padrões, estilos e estruturas de conjuntos de dados, como imagens, textos ou sons.

A partir disso, cria novos exemplos semelhantes aos originais, mas não os reproduzam literalmente.

O impacto das inteligências artificiais na engenharia

Mais do que automatizar tarefas, como já fazem os softwares tradicionais de engenharia, os sistemas de IA aprendem com dados. Na prática, eles fazem previsões e otimizam processos com maior precisão e eficiência, tais como:

  • Manutenção preditiva em estruturas.
  • Projetos assistidos por algoritmos que testam milhares de soluções possíveis.
  • Monitoramento em tempo real de obras, equipamentos e estruturas existentes.

A propósito, a IA generativa, por sua vez, leva a inovação ainda mais longe, pois cria geometrias complexas, propõe novos materiais e ajuda na prototipagem virtual, acelerando ciclos de desenvolvimento.

Apesar das vantagens, existem os desafios éticos e técnicos, pois os profissionais precisam entender os limites da tecnologia.

Assim, validar os resultados dos algoritmos e assumir a responsabilidade pelo uso dessas ferramentas.

Portanto, as ferramentas de IA potencializam a criatividade, aumentam a produtividade e proporcionam agilidade ao engenheiro para entregar soluções mais rápidas e eficazes.

Considerações Finais sobre o que significa IA generativa

Você aprendeu neste artigo o que significa IA generativa, e ela representa uma nova etapa na evolução da inteligência artificial.

Bem mais do que apenas processar dados, ela cria, simula e propõe soluções inéditas a partir de padrões aprendidos.

Isso significa acesso a ferramentas que ampliam a criatividade técnica, aceleram a inovação e ajudam a resolver desafios complexos de forma mais ágil e inteligente, porém , a ética e responsabilidade é por conta do profissional.

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Inteligência artificial em engenharia de estruturas.

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